Remédios naturais funcionam?
A maioria dos fitoterápicos ou suplementos alimentares vendida com o intuito de tratar impotência carece de evidências científicas suficientes, segundo os especialistas. Porém, como boa parte dos casos tem origem psicogênica, acreditar que determinado produto pode funcionar pode surtir efeito para alguns homens. O ideal é procurar um urologista antes de se aventurar em qualquer tipo de tratamento, até porque muitas ervas e plantas naturais também têm efeitos colaterais importantes. Medicamentos para ereção podem causar infarto durante o sexo? Os estudos com as drogas mostram que o mito não procede. No entanto, disfunção erétil e problemas cardíacos podem caminhar juntos e alguns pacientes podem sofrer infartos durante a atividade sexual por causa do esforço desempenhado, independente de terem tomado qualquer medicação. Drogas para disfunção erétil viciam? As substâncias não causam tolerância (exigindo aumento de dose) e nem dependência química - isso é fato. Mas o efeito dos remédios é temporário. Assim, um homem com disfunção erétil de origem orgânica deverá contar com os medicamentos por tempo prolongado, ou até para sempre, porque seu problema é crônico, e não porque eles viciam. No entanto, muitos homens utilizam esses remédios por conta própria, para garantir ou melhorar o desempenho sexual, e podem se sentir inseguros ao ficar sem eles. Como a ansiedade pode interferir na capacidade de ereção, eles ficam com a impressão de que vão precisar do remédio para sempre. É por isso que a orientação médica ou a ajuda de um terapeuta especializado é fundamental. Como ajudar um parceiro que sofre de disfunção erétil? É muito comum que a dificuldade de ereção seja interpretada de maneira ofensiva, como consequência de uma perda de atração ou até de um relacionamento extraconjugal. Isso só aumenta a pressão sobre o homem, gerando medo, preocupação, ansiedade e, como consequência, a probabilidade de falhar novamente. Por isso é importante que todas as pessoas tenham informação sobre a disfunção erétil --o apoio da(o) parceira(o) é fundamental para vencer o problema. Mas o urologista Bruno Nascimento, da Sociedade Brasileira de Urologia de São Paulo, ressalta que a compreensão deve ser mútua: "Um estudo com mulheres parceiras de homens com disfunção erétil mostrou que elas têm um índice maior de disfunções sexuais femininas, como distúrbios de lubrificação, dor e orgasmo", comenta. Ele sugere, inclusive, que elas participem e sejam ouvidas nas consultas. Prevenção Um estilo de vida saudável, com atividade física regular, alimentação equilibrada e o controle de fatores de risco cardiovasculares, como colesterol alto e obesidade, são todas medidas de prevenção contra a disfunção erétil. p> Em circunstâncias específicas, como após o tratamento de tumores de próstata, bexiga ou reto, há protocolos seguidos pelos médicos para preservar a função erétil. Já nos casos de disfunção psicogênica, aprender a gerenciar a ansiedade, bem como investir em diálogo e intimidade com a(o) parceira(o) podem evitar que falhas eventuais se transformem em um problema recorrente. Fontes: Bruno Nascimento, urologista membro da Sociedade Brasileira de Urologia de São Paulo e do Departamento de Medicina Sexual e Andrologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP); Jairo Bouer, psiquiatra especializado em sexualidade, biólogo especializado em evolução humana e comportamento e colunista do UOL; National Institutes of Health (Institutos Nacionais de Saúde dos EUA); Sociedade Brasileira de Urologia (portaldaurologia.org.br)