A obesidade é uma doença crônica que se tornou epidêmica no mundo. Atualmente mais de 1.9 bilhões de pessoas apresentam sobrepeso, das quais 600 milhões são obesas. A associação de muitos fatores levam a obesidade, incluindo a dieta com alta densidade energética consumida nos dias de hoje, a ausência de atividade física, fatores genéticos e epigenéticos, e um desbalanço dos hormônios intestinais e nas sinalizações periféricas de fome e saciedade.
A obesidade, além do acúmulo de tecido adiposo, está associada a várias outras doenças como o Diabetes, Hipertensão, Hipercolesterolemia, Apneia do Sono, osteoartroses e um risco aumentado de eventos cardíacos.A perda de peso apenas com medidas clínicas é um grande desafio. Sumariamente essa dificuldade decorre de um processo do organismo que entende a perda expressiva de peso como um risco e através de uma diminuição importante do gasto energético, em especial da Taxa Metabólica Basal, associado ao aumento da liberação dos hormônios intestinais orexigênicos (que causam fome) se mobiliza para retomar o peso inicial.
Assim é muito comum o insucesso na perda de peso ou o reganho do peso perdido após tratamentos nutricionais e medicamentosos.A cirurgia da obesidade, por ocasionar um rearranjo desses hormônios intestinais e sinalizações de fome e saciedade, associado a um incremento no gasto energético é a medida mais eficaz para a perda de peso sustentada a longo prazo em pacientes com Obesidade Severa, assim como na remissão das doenças associadas, em especial a Diabetes.
Existem distintos modelos de procedimentos bariátricos, que devem ser individualizados para cada perfil metabólico dos pacientes, sempre em busca da perda sustentada de peso e remissão das doenças associadas a obesidade.