Dr. Bruno Nascimento
Urologista | CRM 150591

Medicina Sexual | Andrologia

É uma área de especialização dentro da urologia que se aprofunda nos estudos e cuidados de todos os aspectos da saúde sexual masculina. Isto inclui a avaliação de Disfunção Erétil, Reabilitação Sexual do Paciente Oncológico, Avaliação Hormonal (Testosterona), Alterações de Desejo Sexual (Libido), Ejaculação Precoce, Curvatura Peniana | Doença de Peyronie, Ejaculação Tardia, Infertilidade Masculina, dentre outros.

Formação

  • Graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de Sao Paulo (FMUSP);
  • Graduado em Cirurgia Geral pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP);
  • Graduado Urologista pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo(FMUSP);
  • Fellowship em Medicina Sexual e Andrologia pelo Memorial Sloan Kettering Cancer Center - Manhattan-NYC (EUA);
  • Membro do Grupo de Medicina Sexual e Andrologia do Hospital das Clinicas (FMUSP).
Outras Experiências:
• Estágio de Pesquisa de 1 ano pela Harvard Medical School - Boston - (EUA;
• Revisor do Journal of Sexual Medicine – Revista internacional dedicada ao assunto.

Áreas de atuação

  • Medicina Sexual - Andrologia;
  • Alteração de Libido;
  • Anorgasmia;
  • Curvatura Peniana | Doença de Peyronie;
  • Disfunção Erétil;
  • Deficiência de Testosterona;
  • Disorgasmia;
  • Ejaculação Precoce;
  • Ejaculação Retardada;
  • Fimose;
  • Incontinência Sexual;
  • Reabilitação Sexual do Paciente Oncológico;
  • Sexualidade do Casal;
  • Varicocele;
  • Vasectomia e Reversão de Vasectomia.

Disfunção Erétil

Tive o prazer de contribuir para o desenvolvimento desta material da UOL, junto com o Dr Jairo Bouer, para esclarecer diversos pontos e mitos sobre esta condição que afeta tantos homens. Abaixo o texto em sua integra:

Entenda as causas, tipos, como evitar e tratar a disfunção erétil, problema que afeta muitos homens.

A ereção é um sistema engenhoso que depende do sistema nervoso, da circulação sanguínea e de várias estruturas na região do pênis. O centro do órgão sexual masculino, da base à glande, é formado pelos corpos cavernosos, que são duas espécies de cilindros interconectados que funcionam como câmaras, e um terceiro cilindro que envolve a uretra e se chama corpo esponjoso.

Como ocorre a ereção

Após um estímulo erótico que envolve qualquer um dos sentidos, o cérebro envia sinais nervosos para a região peniana, o que gera um grande influxo de sangue na região do pênis. À medida que os corpos cavernosos se enchem, o corpo esponjoso se expande e o pênis se alonga. Por um sistema que se assemelha a uma válvula, o sangue é aprisionado nas câmaras, o que garante rigidez suficiente para a penetração. Após a ejaculação, o fluxo de sangue diminui, o sistema de válvula se abre e a estrutura se torna flácida de novo.

Para que esse processo ocorra de maneira satisfatória e consistente, são necessárias terminações nervosas que tragam o estímulo, artérias capazes de se dilatar e trazer o sangue com alto fluxo, e corpos cavernosos relaxados o suficiente para ativar esse sistema de válvula...Leia Mais

Curvatura Peniana | Doença de Peyronie

Texto retirado do instagram @drbrunonascimento

Quem é urologista certamente já se deparou com um paciente extremamente envergonhado e preocupado com a situação. A Doença de Peyronie (DP) é de longe a causa mais comum de curvatura peniana adquirida e tem uma prevalência ao redor de 1 a 8%. Apesar desta doença ser conhecida há muito tempo - foi nomeada por Fraçois de La Peyronie em 1743 - o grande tabu que envolve a sexualidade e a falta de informação leva muitos e ficarem anos preocupados em silêncio, com grande prejuízo da vida sexual e sem procurar ajuda especializada.

A DP é causada pela formação de uma cicatriz na câmara erétil do pênis, impedindo que aquela região se estique durante a ereção e provocando curvatura. Muitas vezes essa cicatriz forma uma verdadeira placa calcificada e é perceptível à palpação como um nódulo. Os sintomas da doença são basicamente curvatura peniana (apenas em ereção), área endurada no pênis e dor, principalmente no início do quadro.

Felizmente existem diversos tratamentos, portanto não sofra em silencio! Procure ajuda de um especialista!

Vamos falar sobre sexo, esclarecer dúvidas e descontruir tabus! Sexo é um parte importante da vida e merece nossa atenção.

Texto autoral
Dr Bruno Nascimento
Medicina Sexual e Andrologia
CRM: 150591

Deficiência de Testosterona

Texto retirado do instagram @drbrunonascimento

É fato que nos últimos anos houve uma explosão de propagandas e informações sobre este hormônio, muitas delas realizadas tendo os pacientes como público alvo. Vamos esclarecer alguns pontos: A testosterona é um hormônio muito importante e com função extremamente ampla, tendo ações na modulação do desejo sexual (libido), na ereção, no ganho de massa muscular, perda de gordura (principalmente abdominal), na regulação da glicose, na saúde dos ossos, dentre muitos outros... Apesar disso, a definição e o diagnóstico de sua deficiência podem ser complexos e exigem cuidado. Muitos sintomas da falta do hormônio podem facilmente ser confundidos com sintomas de stress crônico ou depressão, tão frequentes nos dias atuais.

A falta de informação e os excessos de alguns médicos que prometem milagres em pílulas ou injeções criaram um cenário atual em que até 25% dos homens que recebem testosterona não tiveram o diagnóstico feito corretamente e uma porcentagem ainda maior de pacientes que realmente precisaria de reposição não a recebem.

O diagnóstico rigoroso passa por ao menos dois exames laboratoriais documentando baixo nível sérico (<300ng/dl) ou níveis baixos (entre 300 e 400ng/dl) e sintomas. A escolha de como repor a testosterona (pílulas que estimulam a produção deste hormônio, cremes, injeções de curta ou longa duração, e até implantes) é dinâmica, depende de algumas características laboratoriais e preferencia do paciente.

Já está claro na literatura médica que a reposição deste hormônio para níveis normais, que é sempre o objetivo da reposição responsável, não aumenta o risco de Câncer de Próstata. É muito importante, no entanto, termos certeza de que o paciente que irá começar um reposição hormonal não tem um Câncer oculto e, portanto, uma avalição criteriosa da próstata é fundamental. Esta pode ser feita com a coleta do PSA sérico, do toque retal, de exames como a ressonância magnética e até de uma biopsia prostática.

Se você sofre com os sintomas descritos aqui, procure um especialista e discuta se a reposição é uma opção para você. Os benefícios da reposição hormonal bem indicada são dramáticos e costumam melhorar muito a saúde global e sexual dos homens que sofrem com este problema.

Texto autoral
Dr Bruno Nascimento
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Ejaculação Retardada

Texto retirado do instagram @drbrunonascimento

Resolvi escrever sobre assunto tão pouco discutido pois, apesar de mais raro, há uma impressionante falta de informação e os pacientes com este problema custam a encontrar um Urologista que consiga investiga-los e trata-los de maneira adequada.

O diagnóstico de ejaculação retardada, segundo a Sociedade Americana (SMSA), é feito quando existe uma dificuldade de atingir o orgasmo há pelo menos 6 meses e em mais de 75% das relações, gerando incomodo.

Não existe um tempo definido como limite, mas a maioria dos especialistas concordam que uma latência maior que 20 minutos pode gerar desconforto eventualmente. Alguns comentam “Ah Doutor... eu aguento 40 minutos e minha esposa adora!” Ótimo! Como ficou claro, tem de haver incomodo associado para ser um problema e ser feito o diagnóstico. Tudo em medicina sexual precisa ser individualizado...

Mesmo assim, se diante de um paciente com um problema como esse, precisamos ter em mente as principais causas: medicamentosa, perda de sensibilidade peniana, distúrbios hormonais, psicogênica e disfunções masturbatórias. Tendo estas principais causas em mente a investigação fica bem mais objetiva e diminuem-se as chances do paciente ouvir o que sei que muitos escutam: “A sr. Fulano, isto não tem tratamento... é muito difícil... sua esposa deveria estar grata, isso sim...”

O tratamento da ejaculação retardada depende diretamente da causa do problema e vai desde reposição hormonal até o uso de vibradores na relação sexual para aumentar o estímulo peniano.

Se você estiver apresentando dificuldade para atingir o orgasmo com frequência procure a ajuda de um especialista, nós podemos ajudar.

Vamos falar sobre sexo, esclarecer dúvidas e desconstruir tabus. Sexo é uma parte importante da vida e merece nossa atenção.

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Ejaculação Precoce

Texto retirado do instagram @drbrunonascimento

Inspirado pela campanha “Firing too Quickly”, endossada pela Sociedade Britânica de Medicina Sexual, que aborda o tema “Ejaculação Precoce”, resolvi escrever um pouco sobre este tema que gera tantas dúvidas.

Ejaculação Precoce - EP - é uma das disfunções sexuais mais prevalentes no jovem. Virtualmente todo homem tem estratégias para prolongar a relação e postergar o orgasmo mas nem todos tem EP. Por definição, para ser considerado um distúrbio, o paciente precisa ter 3 características: curto tempo de latência ejaculatória, falta de controle e impacto negativo na vida.

Embora a maioria dos guidelines defina este curto tempo como sendo menor que 1 minuto, na prática clínica é comum pacientes com latência maior do que esta se apresentarem incomodados. Em geral, a média de latência do homem é de 3 a 6 minutos. Já o impacto negativo depende muito da dinâmica sexual do casal. Se para alguns 5 minutos pode ser o suficiente, para outros pode ser necessário 30 minutos ou mais. Mais um vez fica claro que a conduta tem de ser individualizada, de acordo com as prioridades dos envolvidos no relacionamento.

Existem diversos tipo de tratamento, mas isso é tópico para discutirmos em um outro post.

Vamos falar sobre sexo, esclarecer dúvidas e desconstruir tabus. A saúde sexual é parte importante da vida e merece nossa atenção.

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Reabilitação Sexual do Paciente Oncológico

Texto retirado do instagram @drbrunonascimento

Durante o fellowship no MSKCC, hospital oncológico referencia no mundo todo, tive pela primeira vez um contato com este conceito fantástico. Os “Survivorship Programs” são focados em dar um tipo específico de apoio que vai além do tratamento médico do câncer. Ele reconhece que além do câncer existe uma pessoa, uma família e, se tudo der certo, uma vida inteira pós tratamento que deve poder ser desfrutada em seu máximo. A medicina moderna percebeu que não podemos esperar a batalha ser vencida para pensar em como viveremos depois dela!

Dentre as várias áreas nos quais estes programas se dedicam, nós urologistas com enfoque em medicina sexual e andrologia nos especializamos na atenção à vida sexual e reprodutiva dos pacientes. A verdade é que ambos frequentemente sofrem grande impacto no tratamento de alguns tumores como o de próstata, bexiga, colo-retal, pênis, dentre outros. Nós urologistas podemos ajudar muito na sua recuperação, um exemplo disso é com a reabilitação peniana.

A Reabilitação Peniana é uma estratégia de tratamento que visa proteger a saúde do tecido erétil. O exemplo mais comum de sua indicação ocorre após cirurgias pélvicas radicais, nas quais existe um dano (temporário ou definitivo) da inervação que controla a ereção e, portanto, é esperado um período em que as ereções naturais permaneçam muito diminuídas ou até ausentes. A ereção é sabidamente um processo extremamente benéfico para as estruturas do pênis, promovendo sua oxigenação e alongamento, e este período sem ereções naturais pode provocar sequelas muitas vezes irreversíveis.

Com o emprego desta técnica devolvemos ao paciente suas ereções e protegemos as estruturas penianas enquanto ocorre a recuperação dos nervos e da função erétil normal. Caso você tenha sido ou será submetido a uma cirurgia pélvica radical (Câncer de Próstata, Câncer de Bexiga e Câncer Colo-Retal , por exemplo), procure um especialista!

Texto autoral
Dr Bruno Nascimento
Medicina Sexual e Andrologia
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